terça-feira, 9 de março de 2010

MULHERES QUILOMBOLAS


RAINHA TERESA DO QUARITERE
Teresa do Quariterê, que chefiou uma comunidade no interior de Mato Grosso, que tinha 79 pessoas negras e 30 índios, nas proximidades do Rio Galera.O Quilombo do Quariterê nasceu da liderança desta mulher em 1750, e era composto por pessoas que conseguiram escapar de senzalas e indígenas sobreviventes da perseguição portuguesa.No quilombo Tereza criou um sistema político similar ao Parlamentarismo, onde ela como rainha, se submetida à decisão de um conselho de representantes. Havia um regular exército de resistência que possuíam armas de fogo, obtidas ou no comercio de produtos excedentes do quilombo, ou mesmo obtidas, de oponentes vencidos que tentaram invadir a comunidade. Não era admitida a deserção, sendo punida com pena de morte, visando inclusive a segurança dos quilombolas, que poderia ter sua posição e situação delata por esta pessoa.

08 DE MARÇO - DIA DAS MULHERES


PRINCESA AQUALTUNE

Aqualtune, filha do Rei do Congo, a princesa Aqualtune comandou um exército de dez mil homens quando os Jagas invadiram o Congo. Aqualtune foi para frente de batalha defender o reino. Derrotada, foi levada como escrava para um navio negreiro e desembarcada em Recife. Obrigada a manter relações sexuais com um escravo para fins de reprodução, ficando grávida foi vendida para um engenho de Porto Calvo, onde pela primeira vez teve notícias de Palmares. Já nos últimos meses de gravidez, organizou sua fuga e a de alguns escravos para Palmares. Começa, então, ao lado de Ganga Zumba, seu filho, a organização de um Estado negro que abrangia povoados distintos confederados sob a direção suprema de um chefe. Dois de seus filhos, Ganga Zumba e Gana tornaram-se chefes dos mocambos mais importantes do quilombo. Aqualtune também teve filhas, a mais velha, que se chamava Sabina, deu-lhe um neto, nascido quando Palmares se preparava para mais um ataque holandês. Por isso, os negros cantaram e rezaram muito aos deuses, pedindo que o sobrinho de Ganga Zumba e, portanto, seu herdeiro, crescesse forte. E para sensibilizar os deuses da guerra, deram-lhe o nome de ZUMBI.

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA


Para elevar a qualidade da educação oferecida às comunidades quilombolas, o Ministério da Educação oferece, anualmente, apoio financeiro aos sistemas de ensino. Os recursos são destinados para a formação continuada de professores para áreas remanescentes de quilombos, ampliação e melhoria da rede física escolar e produção e aquisição de material didático.Levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura, aponta a existência de 1.209 comunidades remanescentes de quilombos certificadas e 143 áreas com terras já tituladas. Existem comunidades remanescentes de quilombos em quase todos os estados, exceto no Acre, Roraima e no Distrito Federal. Os que possuem o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).Estudos realizados sobre a situação dessas localidades demonstram que as unidades educacionais estão longe das residências dos alunos e as condições de estrutura são precárias, geralmente construídas de palha ou de pau-a-pique. Há escassez de água potável e as instalações sanitárias são inadequadas.De acordo com o Censo Escolar de 2007, o Brasil tem aproximadamente 151 mil alunos matriculados em 1.253 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. Quase 75% destas matrículas estão concentradas na região Nordeste.A maioria dos professores não é capacitada adequadamente e o número é insuficiente para atender à demanda. Em muitos casos, uma professora ministra aulas para turmas multisseriadas. Poucas comunidades têm unidade educacional com o ensino fundamental completo.

Fonte:BRASIL, 2009. MEC - Ministério da Educação. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12396:educacao-quilombola-apresentacao&catid=321:educacao-quilombola&Itemid=684. Acessado em: 22 de Janeiro de 2010.

EDUCAÇÃO INDÍGENA


Falar da educação dos índios nos dias atuais requer uma breve análise histórica deste povo. Precisamos reconhecer que nesses 508 anos, os povos indígenas têm sito destruídos, mortos, perseguidos e marginalizados pelos civilizados. Mesmo com toda Política de proteção e leis preocupadas pela qualidade de vida dos índios, estamos longe de um tratamento digno e justo àqueles que foram os primeiros habitantes desta terra, portanto os donos originais da mesma. Se este é um povo que vem perdendo sua identidade, sua cultura e costumes, sua história e a própria vida, pois várias foram as tribos dizimadas por doenças levadas por homem branco, também a educação teve seu processo e seus propósitos alterados e ajustados as necessidades de cada tribo.

A EDUCAÇÃO INDIGENA NA ATUALIDADE

Hoje, a escola indígena, na maior parte dos povos que mantêm contato com a civilização, tem como objetivo manter os costumes dos índios e ensinar a sua língua junto com outras matérias. O currículo diferenciado não é só o ensino da língua materna, mas de todo um currículo além das questões de cada povo. A diversidade lingüística está diretamente ligada à questão da educação, pois são faladas no mínimo 180 (cento e oitenta) línguas indígenas e o processo educacional atual visa manter um equilíbrio, para que a língua oficial do país não seja imposta, mas também haja espaço para o ensino da língua indígena, de modo que esta não se perca, daí a importância do professor bilíngüe.

Figura: YUJ4k/SSV7aab7moI/AAAAAAAAA_k/pyPebuW36AY/s400/educa%C3%A7

EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL


A educação tem se constituído como um instrumento relevante na sociedade brasileira e às vezes tem sido definida por concepções de educação que no processo histórico tem enviesado para caminhos de natureza cartesiana, pragmática, reprodutivista, crítica-reprodutivista, ou simplesmente crítica, libertadora, liberal, neoliberal, pós-moderna, enfim; uma educação que se desenvolveu acompanhando a trajetória histórica e trouxe avanços à sociedade brasileira principalmente na área da pesquisa, responsável pela inovação tecnológica também para a zona rural. No campo inovaram: no maquinário, no aumento da produção de grão, nos agrotóxicos, alteração dos genes das sementes para exportação em larga escala. Mas os que têm usufruído desses avanços são pequenos grupos de latifundiários, empresários, banqueiros e políticos nacionais e internacionais. Enquanto a outros é negado o acesso a terra para sobreviver e garantir o sustento de outros brasileiro.

quinta-feira, 4 de março de 2010

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é o segmento de ensino da rede escolar pública brasileira que recebe os jovens e adultos que não completaram os anos da Educação Básica em idade apropriada, devido a necessidade de ter que trabalhar para ajudar a família a sustentar a casa e querem voltar a estudar. No início dos anos 90, o segmento da EJA passou a incluir também as classes de alfabetização inicial.A educação popular,como tambem é conhecida a EJA,supera as relações estabelecidas tradicionalmente, em que apenas um ensina - o professor. Aqui educadores e educando estão numa perspectiva horizontal em que um ensina ao outro e o outro ao aprender tambem ensina, tendo um diálogo como articulador das ações de ensinar e aprender.

A Educação de Jovens e Adultos ganhou importância a partir de 1932 com a Cruzada Nacional de Educação,em 1967 foi criado o programa mais importante o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, que em 1981 foi substítuido pela Fundação EDUCAR, em 1990, o governo lançou o PROGRAMA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO, praticamente sem resultados(BORGES,2004).
O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em reconhecer o direito do jovem e do adulto de serem sujeitos, buscando novas metodologias, investindo na formação de professores e renovando os curriculos.
O segmento é regulamentado pelo artigo 37 da lei nº 9394
[1] de 20 de Dezembro de 1996 (LDB). É um dos segmentos da Educação Básica que recebem repasse de verbas do Fundeb.