terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

CONVIVÊNCIA NA DIVERSIDADE


A escola é um espaço público para a convivência fora da vida privada, íntima, familiar. Ao nos capacitarmos para a convivência participativa na escola, participamos de um processo de aprendizagem que também nos ensina como participar do restante da vida social.
A escola como esfera pública democrática pode possibilitar a capacitação de pais, alunos e educadores para a participação na busca de soluções para os problemas da escola, do bairro, da cidade, do Estado, do País e da vida da espécie humana no Planeta.

Para tanto, todos devem ter o direito de falar, opinar e participar nos processos decisórios. É participando que se aprende a participar. Uma escola “perfeita”, na qual ninguém precisa dar nenhuma opinião, é um desastre educativo. O problema é que o controle e a disciplina, a idéia de ordem, organização e limpeza muitas vezes se tornam prioritários em relação ao direito de participação.
Um ponto de partida para que exista o respeito à diversidade na escola é aceitarmos que os agentes que interagem na escola têm interesses, visões de mundo e culturas diferentes e nenhum de nós tem o monopólio da verdade, da inteligência e da beleza. Daí a necessidade de negociações permanentes para que todos façam concessões, e todos tenham ao menos parte dos seus interesses e valores contemplados no espaço público da escola.

O DIREITO DE APRENDER DE TODOS E DE CADA UM


"Educação em Direitos Humanos é a preservação e o respeito à vida humana em todos os seus aspectos"

O Direito à Educação é um direito humano fundamental e que ocupa um lugar central nos Direitos Humanos sendo essencial e indispensável para o exercício de todos os outros direitos humanos e para o desenvolvimento.
Como um direito de empoderamento, a educação é o veículo principal pelo qual, adultos e crianças marginalizadas economicamente e socialmente podem se livrar da pobreza e obter meios para participar integralmente de suas comunidades'." (UNESCO) .

VALORES E EDUCAÇÃO


A transmissão de valores é uma das preocupações que todo pai tem ao educar. Como fazer isso no dia-a-dia? Quais valores precisam ser passados? A escola pode ajudar? É natural que dúvidas acabem surgindo: o assunto é sério. Sem transmitir os valores humanos universais, não há como formar cidadãos éticos e preparados para viver em sociedade. Apesar de não existir respostas simples, é possível apontar caminhos a serem seguidos, com o objetivo de amenizar alguns problemas de comportamento enfrentados atualmente.

Muitos pais associam a Educação fincada na moral e nos valores com autoritarismo e acreditam ser um retrocesso ao conservadorismo. Educar para os valores é convidar alguém a acreditar naquilo que apreciamos, como, por exemplo, respeitar o próximo. Não há valor que se sustente sem bons exemplos. Não adianta os pais defenderem que a criança não pode agir como se ela fosse o centro do universo se eles próprios o fazem em seu dia-a-dia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE

O mundo globalizado pelos meios de comunicação exige, hoje, que estejamos preparados para a convivência na diversidade, isto é, para o dialógo não apenas com os semelhantes, mas também com quem pensa e age de maneira diferente de nós. a educação de valores, na cultura da diversidade, é bem mais complexa do que aquela fundada numa visão homogênea do mundo. o próprio conceito de convivencia na diversidade tem sentidos diferentes, ideológicos e exige conhecimento e posicionamento do educador consciente.
A educação, centrada apenas no respeiro e boa convivencia com o semelhante a nós mesmo, ou seja, centrada na "identidade", soa cada vez mais estranha num mundo em que nosso próximo é, muitas vezes, diferentes de nós.
Fonte: Fundamentos para Educação na Diversidade - Clodoaldo Meneguello Cardoso.
Figura: www.educacional.com.br

As causas do Trabalho Infantil e o difícil combate


São vários os motivos que podem levar ao trabalho infantil – desde a pobreza, passando pelo sistema educacional deficiente, pela baixa escolaridade dos pais, mais os comportamentos institucionais que encaram o trabalho desde criança como algo necessário, até uma atitude por parte do capital de buscar a rentabilidade a qualquer preço, principalmente, quando este não encontra limites, regulações ou fiscalizações ou então se depara com um cenário macroeconômico marcado pela estagnação.
Justamente por se tratar de uma questão tão complexa o seu combate não depende apenas de vontade política, mas de ações concretas em diversas frentes.
Estas devem levar em consideração que o trabalho infantil assume várias
formas dependendo do país, do setor de atividade e das características culturais familiares.
Combater o trabalho infantil também significa dar condições e acesso à educação. Eliminar frentes de trabalho simplesmente pode significar apenas a transferência do problema.


Como surgiu o trabalho infantil?


O trabalho infantil surgiu atado ao trabalho escravo. No Brasil colonial, as crianças escravas começavam a trabalhar com cerca de oito anos de idade. Mais cedo ainda, eram socializadas na prática de obediência servil. A palavra “brincar” estava fora de questão. Aos 14 anos trabalhavam como adultos e a educação lhes era proibida.
Com a vinda dos imigrantes e o fausto do café, antes dos dez anos de idade as crianças já trabalhavam nas lavouras cafeeiras. Algumas famílias fugiram do futuro condenado à miséria e se mudaram para as cidades, especialmente São Paulo, onde passava a se concentrar a indústria brasileira.
Mas a realidade também aí se mostrava avassaladora. Em 1920, cerca de 10% dos trabalhadores da indústria paulista eram crianças de até 14 anos. Mais da metade dos trabalhadores têxteis eram crianças e adolescentes. Encontravamse crianças nas fábricas e oficinas desde os cinco anos de idade.
No período da industrialização, reduziu-se o número de crianças trabalhadoras na indústria e ampliou-se o acesso à escola. Uma nova legislação restringiu o trabalho de crianças e adolescentes.
Entre 1950 e 1970, o percentual de crianças entre 10 e 14 anos que trabalhavam caiu de 19,8% para 12,7%. Mas poucas melhoras ocorreram na agricultura e no setor informal.
Houve redução importante do trabalho infantil no período pós-anos noventa. Entre 1992 e 2003, o total de crianças trabalhadoras entre 10 e 17 anos encolheu em 27% e a redução foi ainda maior nas faixas etárias mais baixas. Por exemplo, o percentual
de crianças com 10 a 14 anos trabalhando caiu pela metade desde então. Mesmo assim, o Brasil possuía 5 milhões de pequenos trabalhadores em 2003, dos quais 270 mil eram crianças de 5 a 9 anos. Ou seja, a incidência do trabalho infantil vem caindo mas ainda
resta muito por fazer.